25 de abril de 2009

Conciência

Canso-me de escrever sobre ti, sobre tudo aquilo que és, ou melhor, aquilo que para mim és. Vejo-te de uma forma que mais ninguém vê, fiz de ti um sonho, um príncipe encantado, o melhor homem do mundo, mas não és. Até eu já percebi isso, e era o mais difícil. Continuo amar-te como se fosse aquele que eu pensava, nada me faz mudar o meu amor por ti, ponderar se não é melhor esquecer-te. Pondero sim, não vou mentir, cada lágrima que cai no mesmo rosto é uma palavra da consciência, que me tenta mostrar que deveria esquecer-te e procurar um novo amor. Já não procuro por príncipes encantados, encontrei o meu no passado, ele continua vivo dentro de mim, mas em ti nunca existiu. Ao menos deixa-o ficar aqui dentro de mim, e a minha consciência habitua-se à ideia da presença habitual: O meu amor por ti.

23 de abril de 2009

Não tenhas medo

Já deves ter ouvido todo o tipo de frases de coro ou de engate mas a tua voz causa-me arrepios pela espinha acima, é difícil de explicar mas acredita na paixão que sinto por ti. Podes até pensar que são tretas, que é tudo da boca para fora mas é tudo transcrito do coração. Podes não acreditar mais uma vez mas todas as palavras desde o primeiro dia são verdade, erro. Errei tantas vezes que lhes perdi a conta, erraste tantas vezes que lhes perdi a conta. Não tenhas medo daquilo que já conheces, faço-te mil juras por minuto. E juro que as vou cumprir todas, uma por uma, se me deixares-te mostrar que o meu coração é teu eu dou-te o mundo em troca. Não quero nada de volta, mostra-me só que todas as tuas palavras também são sentimentos, e que esses sentimentos são capazes de me fazer acreditar que existem amores eternos. Como o meu é por ti.

12 de abril de 2009

professor

Posso desabafar contigo? Eu sei que não me respondes quando eu me sento ao teu lado com questões que nem tu, nem ninguém saberá responder nunca. Ignoras-me, deixas a minha mente em branco, sinto um enorme alivio. Não o consigo definir, e se tentar volta tudo à minha cabeça, aquilo que queria desabafar contigo, volta. Mais uma vez, penso em tudo e questiono-te mas mostras que não tens coração. Ignoras-me. Choro, riu? não. Já não sei rir, esqueci-me do que é rir, ignorei o riso e a felicidade tal como fizeste com os meus sorrisos e ilusões. Admito que perdi mais que tu, perdi a capacidade de amar, ganhei a vontade de odiar. Não sei o que é o ódio mas sinto-o quando viras a cara às minhas lágrimas. A cada dia perdes, sim perdes. Tudo. E voltas sempre a perder, até eu desistir das minhas lágrimas, e do ódio.. Aquele em que foste professor, agora superei-te. Não te rias, eu não te ignoro nem mostro sorrisos. Relaxa, desisti dos pontos de interrogação no final das frases, agora só faço exclamações, juro. Ignora, tudo e perde essa tua mania de espetar-me facas no coração, deixei de as sentir. Lembras-te? A aluna supera (sempre) o professor