26 de abril de 2008

Nada

Começou tudo como um conto de fadas, depois transformou-se no pesadelo. Agora já não me dás flores, nem beijos de bom dia, chocolates com bilhetes de amor eterno, agora dás-me nada. Nada, já não sou nada, não sentes nada, não dizes nada, não fazes nada. Nada é eterno mas este amor poderia ser, eu assim o gostava. Agora a minha vida transformada em nada, e enche-se de um nada que cresce todos os dias. Não fazes ideia da felicidade que me davas quando me levavas além do paraíso, quando eramos só tu e eu. Quando conjugavamos o verbo amar no presente e não no passado, quando me dizias que era eterno e que iriamos ser eternos. E mesmo que quando morressemos, eramos um do outro. Não somos, nem vamos ser amanhã. Espero que num futuro próximo tudo se altere. O tempo verbal, e este nada que tudo consome.

20 de abril de 2008

Amor perfeito

Sussurrei-te que tu eras o meu amor perfeito enquanto dormias, ou enquanto eu pensava que tu dormias. Retribuíste-me um "tu também és meu amor" sorri como uma criança enquanto os meus olhos brilhavam tanto quanto os das crianças quando recebiam chupa-chupas. Enrosquei-me nos teus braços e disse baixinho "nunca me deixes" não obtive resposta, pensei que já estavas a dormir. Não existe ninguém mais perfeito do que tu, tudo o que dizes, tudo o que fazes, todos os teus cheiros, todos os teus sorrisos, todas as tuas formas de sorrir, todas as tuas manias, todos os teus carinhos, todos os teus beijos, todos os teus bilhetes, todos os teus mimos, todo os teus toques. Tudo aquilo que fazes faz-me viver um amor perfeito, tão perfeito que até penso que estou a sonhar. Nunca me acordes deste sonho, perfeito ou não, é meu e não quero que ninguém me o roube. Eu sei que nada é eterno, eu sei que não és eterno mas o meu amor por ti é eterno sim, não são só os nossos momentos que nos fazem eternos mas tudo o que nós fazemos. Desde o primeiro beijo do dia até à última gargalhada da noite. Os presentes que me dás, és tu o mais importante. Quando chego a casa e estás tu já à minha espera esse é o maior presente. Amanhã não sei se vais estar lá à minha espera mas hoje estás e algo tão mínimo faz-me tão feliz. Nem que amanhã chegues a casa com um bilhete para a Índia só de ida e digas-me que precisas de tempo para ti, eu vou entender. Nem que me digas que não vais voltar daqui a um ou dois meses. Eu vou entender. Se não voltares compra-me um bilhete de "volta" para mim, para sair do meu sonho e começar a viver.

Eu sei que o teu bilhete é de ida-e-volta. Eu sei meu amor.

16 de abril de 2008

Sonhos a cores

Continuo a ter sonhos, a preto. Nem o branco já existe nos meus sonhos, perdi uma quantidade infindável de cores. Até as cores que não existem mas quando és o meu coração eu invento-as. Invento e crio novas cores, cores e sentimentos. Bons, claro. As mesmas cores que me iluminam a vida, e o coração. Sim o coração, o mais importante. O coração, que és tu. Quando surges nos meus sonhos apareces a cores mas quando não estás fica tudo preto. O preto é solidão e tristeza. Tu és amor. Amor e sentimentos, amei os sentimentos. De olhos fechados deixei-me levar por ti, tal como me deixo levar ainda hoje. Deixo-me levar e sou feliz, nem sempre. Sinto a vida a fugir-me por entre os dedos e fico sem cores nos meus sonhos. Perco-te durante algum tempo. Mas o meu coração, tem um sonho.. O mesmo sonho que guardei durante tempo infindável. É um segredo mas podes o contar a toda a gente. A minha história, e só minha, és tu. Começas na capa, e acabas na contra-capa. Resumes-te ao livro da minha vida. Se um dia publicar esse livro irá se chamar "Sonhos a Cores". E talvez um dia conte aos ventos que tu és a imagem da minha vida, que és o reflexo da minha felicidade. E se mais ninguém me ouvir, eu sei que tu vais. Existem coisas que são eternas e o teu reflexo em mim também é. Tal como o meu amor.

13 de abril de 2008

Amor a preto e branco

Eram cerca das 18 horas e o sol já se tinha começado a pôr, muito lentamente observei o sol a descer a esconder-se lá ao infinito onde o mar acabava. A melancolia daquela tarde já não tardava pois com o pôr-do-sol tambem se instalou um sentimento entristecedor caracteristico de todos os meses quando chegava aquela altura. Secalhar já nem era todos os meses mas sim todas as vezes que Ele observava o pôr-do-sol naquele mesmo sítio. O mar tinha um tom cinzento, já não era tão azul como dantes. O céu mesmo que estando só a começar a escurecer tambem ficava cinzento, o azul tinha fugido. Tudo o que o rodeava era a preto e branco. Tal como o monte de fotos que Ele via cada vez que ia a casa da avó. Todas as memórias e recordações que a vida lhe trazia com simples pedaços de papel. Agora já não se sentava acompanhado a ver o pôr-do-sol, talvez nunca mais se iria poder sentar ali acompanhado pois Ela já não iria voltar e Ele não queria roubar as recordações que tinha só com Ela, o pôr-do-sol e Ele. O mesmo amor que tinha sido jurado como eterno agora passava só por um antigo amor, uma bonita recordação de quando era feliz, uma boa memória de tudo o que tinha sido antes. Sim antes, antes de se ter tornado uma pessoa amarga e egoísta. Agora já não era só Ele e o seu mundo perfeito, fechado a sete chaves e com uma daquelas correntes de segurança. Era um bau envolto em correntes sem cadeado, fechada para sempre. Não era infeliz agora, só não era feliz. Mas não era infeliz, repetia vezes sem conta. Não enganava ninguém, enganava-se a ele próprio, não era uma forma de engano, era tambem uma forma de tapar os olhos e calar o coração. Era inútil continuar a fingir que era feliz, com o seu novo amor. Amor a preto e branco, sem cores, sem momentos, sem memórias, sem recordações, sem tempos, sem sorrisos, sem presentes, sem silêncios, sem cores. A preto e branco, sem felicidade. Poderia até ser infeliz para sempre mas aquele lugar ao pô-do-sol estava guardado para sempre para Ela.

12 de abril de 2008

Sonhos

Tenho os meus próprios sonhos, talvez esses sonhos é que não me tenham mim. Talvez também eu já não seja aquilo que fui outrora. Tudo muda, eu e até os sonhos. Já não sonho com princípes encantados nem tenho pesadelos com bruxas. Talvez a verdade seja que eu já não sonhe, nem acordada. Mais uma vez tudo muda, as vontades e até os desejos. Os meus sonhos devem ter ficado fechados numa gaveta perdida no meu sotão. Talvez um dia vá mexer nos meus sonhos e naquilo que já fui. Digo que mudei mas não mudei continuo a ser a criança que tinha medo de bruxas e sonhava com principes. Agora os sonhos são vividos, mas nem sempre são sonhos.

Doi & magoa.

Sinceramente não sou eu que quero, muito menos o meu coração é simplesmente a cabeça que quer se esquecer de ti. Agora já não magoa, agora doi. Agora já não é só às vezes que magoa agora, doi sempre. Agora a ilusão do "é uma fase" já não existe, agora é a sério. Agora é mesmo um ponto final. Do teu lado foi ponto final paragrafo tão rapidamente que até me assusta. Não quero ficar assustada com a tua felicidade, queria que ficasses magoado com a minha tristeza. Já não magoa agora só doi. E doi de uma maneira que... magoa. Vai-te embora se faz favor, e se nos momentos de desespero te pedir para voltar.. Não voltes.

Play

Aperto o play e a história começa, sim eu sei que é confusa da primeira vez que se ouve. Ponho em pausa e volto para trás. Pausa e re-pausa. Imagino em pausa, queria um botão daqueles na minha vida. Quero apertar o play e imaginar o que vem aseguir. Se não for como eu queria volto para trás até alcançar o meu sonho imaginado. A vida poderia ser um filme. E existem vidas que dão filmes, vidas não, pessoas. Pessoas, ou como eu te chamo, estrela cadente que brilha. Quero o botão da pausa e ser criança de novo. Viver tudo contigo sem pausas. Dás-me força, obrigas-me a viver, és a minha força. Não odeio quem sou, e por isso quero voltar a viver tudo. Apenas quero ter alguém sempre. Mesmo quando não estás estrela cadente. Preenches a minha vida. Sem pausas,só com o coração cheio de estrelas. Para cada uma delas tenho um lugar. Algumas dessas estrelas perderam o lugar com o tempo. O teu? É eterno. Não vou jurar mas juro. Ofereço-te o botão da pausa e os meus sonhos todos também. Não vou ficar vazia, já estou. Assim cabem todas as estrelas, principalmente a que mais brilha. Tu. Não vou jurar mas juro que és a utopia dos meus sonhos. Para sempre. Fiz pausa. Quero ficar assim, a sonhar..

Amei-te

O que vejo não é o fim. O que vejo não é o começo. O que vejo não sou eu. O que vejo não és tu. O que vejo é o tempo, que mudou o nosso começo, o fim, e até a mim e a ti. Tudo mudou. Incluindo o tempo verbal que conjugava o nosso verbo. Amo-te, não. Amei-te.

Ganhar algo perdido

No final vais ser sempre tu quem vai perder mais, mesmo que o mundo dê uma grande volta e te tornes em outra pessoa, eu ganhei no dia que te conheci. Ganhei uma ilusão de alguém que não existia, ou talvez era mesmo eu que não queria ver o que estava à frente dos meus olhos.

"Mais cego é aquele que não quer ver" - Realmente não quis, mas agora já te conheço, melhor do que queria ou poderia imaginar. Eu também posso perder mas será sempre tempo, no final será que perdi ou ganhei?

Coração

A minha tão desejada própria utopia do coração, se ele fosse exactamente como eu quero, quem seria eu? Decerto que seria outra alguém. Essa utopia já não é desejada. Quero continuar a ser assim.. A chorar com filmes, ou livros a sentir aquilo que pensava nunca poder sentir, a ser descoberta pelo meu coração.

Ilusão

O que poderia perder já não perco, pois só existia a ilusão que tudo poderia ser meu para sempre.

Merdas

As merdas das ironias de desejar aquilo que não quero. A ironia de ouvir o que não faz barulho, saborear o que não tem gosto ou será defenir cores inexistentes? Cor de burro quando foge? Merda, ironias.

Três mil e um

Mil e uma voltas ou será antes três mil e uma noites, que passaram desde aquele dia em que te abraçei. A claridade já não me magoa a alma e o frio não me perturba o sono. Sinto-me bem perto de min mas não te vejo. procuro o destino mas ele perdeu-se em alguma caixa de correio. Não sinto nem as pernas nem o coração, estou hipnotizada com o calor que sinto quando não estás presente. Quero-te longe de min e do barulho das ondas, do mar. Longe do meu botão do coração e das tempetades em alto mar. Agarro-te com força para que não voes, mas com a outra mão empurro-te daqui para fora. Procuro-te e encontro-te passadas três mil e uma noites. Mas não quero que voltes. Nunca mais.

Brilho

E logo depois o sol brilhou, não entendo o porquê de só agora o sol brilhar, e não sempre como estava habituada quando andava de mãos dadas contigo, ou quando o mundo era nosso com um simples trocar de sorrisos. O mundo tinha outras cores e talvez um novo formato, um novo aroma e um novo futuro. E o sol voltou a brilhar mas não foi para min, foi para ti.E o futuro? Esse era com alguem mais, agora o mundo para min continuava com o mesmo formato com o mesmo cheiro mas a preto e branco. As cores fugiram contigo, tal como o meu sorriso e os passeios de mão dada. Não sei porquê mas acho que o sol vai voltar a brilhar um dia. Quando? Talvez noutra vida.

Ignorar

Hoje não vou ignorar que tudo corre mal e que não sinto o sabor da felicidade, hoje não quero sorrir. Mas também não quero chorar. Podes-me deixar um dia em paz? Por favor...

Felicidade

Queria sorrir agora mas não me lembro de como é o sabor da felicidade.

Memórias

Não era o mesmo sentimento hoje, estava diferente dos outros dias negros. Hoje parecia estar envolvida por uma luz que me proteguia e dava forças para olhar em frente e sorrir, mas sorrir asério. Tinha-se acabado aqueles sorrisos fingidos que se dá em troca de um olhar mais carinhoso, hoje o sorriso era outro. Não vou dizer já que a história também era outra. Outro e outra vez outro, outro sorriso, outro dia e outra história. A luz apoderou-se de min e fez-me desligar de tudo o que se mantinha à minha volta. (As cartas e as memórias.) Tudo desapereceu mas devem ter ficado perdidas numa comoda qualquer, onde? Não sei.. nem quero saber.

União

Como eu me recordo que nunca fizeste nada por nós, tudo o que dizias fazer por nós, não passava de uma ilusão da tua cabeça. Não sei se o sentimento mudou ou já não existia, só sei que em nós nunca depositaste a confiança que era merecida. lembro-me tão bem de tudo o que fiz por nós, e tu pensas que te lembras da primeira vez que me disseste "amo-te", tu pensas que sabes o que é o amor. A cada dia que passa sem ti o vazia não aumenta, cada dia diminui mais, porque tudo o que passei já não me atormenta. Lembro-me perfeitamente dos nossos bons momentos e felizes momentos. O que era mau acho que ficou preso em alguma parte do passado, tal como o nós que nos unia. (Ou será que nunca nos uniu?)

Doce amargo

Senti o sabor salgado do mar quando me sentei relativamente perto de ti, olhava-te ao longe na esperança de assim acalmar a dor que sentia por te ter longe, de mim e do meu amor. Nunca vi ninguém brilhar tanto como tu brilhas, tu não me satisfazes, tu completas-me. Tu não és um sonho, és a miragem que eu anseio ter, agora e para sempre. O sabor salgado virou doce no momento que olhaste para trás e viste-me, não tive tempo para desaparecer, mas a alma desapareceu quando me olhaste com desprezo. Ignoraste-me o resto da tarde toda, a mim e ao meu amor. (tal como fizeste sempre)

Enganos

Segredei-te ao ouvido palavras de amor que mais pareciam um murmurar, de tão baixinho, tudo em busca do teu olhar perdido nos meus erros. Mais uma vez foi em vão, o coração pedia para insistir mas o medo persistia em atrapalhar mais uma vez. Mas desta vez já não estava amarrada a um passado que por mais que o baú de memórias estivesse trancada, persistia em atormentar o presente. Se tudo fosse feito de vontade, respeito, doçura e sonhos, eu acho que já tinha-me libertado de tais correntes que atormentam o dia de hoje. (para variar já são horas. De quê? De fugir.) Agarrei-te na mão como se te quizesse invadir o teu próprio mundo, e para minha felicidade retribuiste o gesto e senti os teus dedos a entrelançarem-se nos meus, tal como a alma perdeu mais de metade do peso dos erros e enganos. Queria-te pedir para me voltares fazer sentir tudo o que senti a cada dia que passava, lentamente tal como as horas do relógio de paredes. (Que feliz que parece o cucu, enganos.) Sim enganei-me quando julgei que estavas a ceder lentamente, no momento que olhei para ti e sorri retiraste a mão e voltaste para o teu mundinho, vidrado num lugar bastante distante daquele onde estavamos. Amor, desculpa meu amor por ter te magoado como magoei, por ter-te retirado a força que dizia sentir, por ter sido mais uma vez enganada pelo passado. O coração já não sentia, a alma ja não sorria e eu já não temia. Agora falta só uma coisa, e não é aprender a amar. Juro-te coração, amei tanto que perdi a noção do que era o amor. Amor, amor e amor. Amor esse que escondeu-se com medo que pudesses desaparecer com ele, mais uma vez. E desta vez, é de vez. (Enganos.)

Enganei-te coração? Enganei-me amor. Esconde-te num cantinho do coração e foge dos minutos que temo perder o controlo.

Apetece-me fugir e ser criança de novo, e sujar-me com algodão doce e chupas em forma de coração.

Sentimentos

Lembro-me quando sussuravas ao meu ouvido que era para sempre, e esse sempre tem durado até hoje. Com momentos menos próximos e com outros que nos perdemos um no outro. Entre linhas e sorrisos e palavras de carinho e olhares cumplices. Gestos inocentes e olhares provocantes. A estupidez vem ao de cima e perco-me nesse teu jeitinho de menino abandonado que procura um abrigo para si e para o seu amor. O mesmo menino que faz beicinho e diz que me adora quando eu amuo e fujo. Não são aqueles momentos que ficam registados numa fotografia, são momentos que ficam no coração. Tal como o sentimento fica e fica, não quer ir embora. (Nem eu quero que ele vá.)
Queria-te contar-te um segredo mas, fica para depois.

Até logo

Esconde-me por entre a tua alma e o teu coração, esconde-me dos segredos que não contaste por evitar discussões, esconde-me dos segundos que passamos longe, esconde-me das brigas e palavras feias. Mostra-me o teu refúgio e não voes nunca para longe de mim, que cada segundo (perto de mim) seja melhor que os minutos, tal como com as horas. Prende-me ao sossego que me fazes sentir, e ao amor que ainda vai vir. Deixa um pedaço de ti livre para mim, porque o tempo é escasso.
Ps: O tempo é pouco e medo é muito.
(Medo?) Sim. (Do quê?) De te perder. (Porquê?) Porque podes voar, meu anjo. (Hummpf.. Até logo)

Cerejas

Um novo amor começa sempre por crescer numa cerejeira. E com esse amor, a magia também.

Ódio, parte II

O ódio não se apoderou de mim porque eu fui forte (naquele momento) mas quando virei costas quase que rebentava por dentro.(E não foi ilusão)

Dor

Agora sei o que significa dor. Sim, dantes não sabia.

Papel

O papel absorveu tudo de mim, e não devolveu.

Milionário

Senti o aroma no ar, aquele cheiro caracteristico da felicidade, a mesma alegria do momento que decidi arriscar nisto, o que eu mais quis na vida, fugir e casar com um velho árabe milionário. Dei uma gargalhada e as pessoas que estavam no aeroporto olharam-me mas não percebias o porque da felicidade. Ignorei agarrei no casaco vesti-o e olhei-me através do reflexo no vidro, senti-me uma das mulheres sedutoras que existem nos filmes. Continuei a andar e sai do aeroporto. Afundei a cabeça no banco do taxi e ri-me no momento que o homem disse algo que eu não percebi, entregei-lhe o cartão do hotel e lá fui eu atrás do meu velho.
Espera, espera do meu velho árabe milionário.

Ódio

Nesse momento perdi a cabeça e dei-te uma chapada, no mesmo momento o meu corpo pareceu ter perdido o meu controlo. Cai ao chão e senti-me horrívelmente mal, mas porquê? Diz-me o porquê, tu merecias exactamente isso tudo. TUDO, com todas as letras. Ficaste a olhar para min com decepção mas na minha cabeça só existia ódio, e mais ódio. Levantei-me e disse: Porquê diz-me, só desta vez, só desta vez diz-me como és capaz de ser tão egoista.

PS: Não obtive resposta. Porquê? Nem eu sei...

Memória

Matei-te de uma vez por todas a sangue frio, pedi-te demasiadas vezes para ires embora mas tu sempre ficaste. Nos meus olhos só tinha ódio. Não sinto remorsos por ter-te morto, a ti. Afinal de contas eras só a lembrança, a recordação do passado. Passado esse que me atormenta até hoje. E agora morreste, memória.

Os anos

Pediste para eu parar mas eu ignorei-te como sempre e continuei até ao fim. Disse todas as palavras que precisavas de dizer, o coração já não estava acelerado. O coração parecia estar parado. Mas não estava, batia lentamente. Vi no teu rosto desagrado, desprezei-te. Chamaste-me de falsa e de mentirosa. Desprezei-te mais uma vez, tal e qual me fizeste durante estes anos. Desprezas-te e no final parecia que gostavas que eu corre-se atrás. Atrás de ti, falso e mentiroso - Tal e qual o que tu me chamas-te a mim. Mas acredita que no fundo és pior que eu, és hipócrita.

Turururu

Escondi-te por baixo da cama mas pedi para não fazeres barulho, ignoras-te o meu pedido e fizeste aquele ~tu ru ru. O mesmo ~tu ru ru de sempre mas desta vez o ~tu ru ru era nervoso porque ele não queria que ninguém soubesse que ele ali estava. Tapaste a boca e o quarto ficou em silêncio, corri para a porta e era a Madamme Amizade. Como se te tivesse a imitar-te também tapei a boca para a Madamme não ouvir o meu espanto, mas a cara dela ficou estranha. Com o seu ar emproado deu-me um monte de folhas e um livro que tinha uma capa maravilhosa, na capa tinha escrito "O meu tu ru ru". Arregalei os olhos com medo que tivesse descobrido o teu barulho, o teu ~tu ru ru. Deu meia volta e foi-se embora, tive medo e voltei a correr para dentro. Tirei-te debaixo da cama e disse, é só um trabalho para eu fazer. Guardei-te no teu lugar e fechei os olhos. Qual lugar? O Coração, ora bolas.

~ Tu Ru Ru, o bater do coração. ~Hip Hip Hip, o sentimento do coração.

Borboletas

Fui embalada pela letra da tua música, pela sonoridade da tua voz, e pela beleza das tuas palavras. Escutei mais uma vez para não me esquecer de nada. Suspirei e senti aquele apertar na barriga, tal e qual quando se está ao lado da pessoa que se ama. A sensação das borboletas na barriga, lembras-te? Eu lembro-me bem. Das borboletas e do meu amor por ti música.

Sr. Relógio

Ouvi o tictac do relógio de parede, até à alguns anos aquele era o relógio que eu temia pois era o Sr. Relógio. Era tão alto que me custava olhar para cima, não era um relógio qualquer porque aquele impunha respeito. Os outros não, aquele era o Sr. Relógio e era mais velho que eu. Lembro-me quando a mãe se ajoelhava no chão à minha frente e dizia: "Trata bem as pessoas mais velhas que tu." Eu dizia sempre que sim, e era isso que eu fazia respeitava as pessoas mais velhas, até o Sr. Relógio. Hoje olho-o com mais visibilidade mas continua a estar tão alto.
Ps: Continua a ser um senhor.

Confusões

Hoje acordei e não tive vontade de meter o botão ON, o botão do coração. Aquele bocado de corpo que faz sentir amor, tristeza, dôr, felicidade, etc. Esse etc que nos diz muito, não é aquele muito de por exemplo: Muito amor. Não existe muito amor, existe um amor muito grande. Deixo mentes confusas com palavras que mentes confundem com amor.

Fugir, parte II

Segurei com força os teus ombros entre as minhas mãos olhei para ti mas este já não era o mesmo olhar dócil, era um olhar sofredor. Reparei que não estavas com intenções de responder a nada, perdi as forças e senti as mãos a cair. Mas não caíram, foi só a minha imaginação. Disse o teu nome alto e olhas-te os meus olhos de novo, reparei que estavas com medo. Disse-te que não te ia fazer mal mas uma lágrima caiu do teu olho. E nesse momento arrependi-me de te ter tocado. A minha mente fugiu mas eu permaneci perto de ti, segurei-te a mão como se fosse um voto de confiança que te dava. (Mais uma vez.) Mas retiras-te a mão e fugiste. Não foi só a mente que fugiu, foste tu todo.

Volta

Foi díficil voltar a olhar-te com os mesmos olhos que olhava, foi mais dificil ainda não chorar. Mas sinceramente mais dificil foi voltar a viver..Voltas? Eu sei que não, mas ter esperanças faz a doer menos.

Futilidades

"..É dificil ver quem gostamos e saber que os perdemos dizer que não nos importamos é apenas uma maneira disso doer um pouco menos.."

O resto é fútil, não importa quando mas sim quem. Não importa o teu sorrir se é o chorar que me atormenta.. São futilidades de um ser humano, que tem coração. (Apesar de às vezes ter o botão em OFF.)

Conta-me Histórias : Hip

O dia acordou quente como há alguns dias atrás. Nem dá vontade de abrir a janela mas abri um pouco. O quarto é invadido pelo sol brilhante que sai num Céu completamente Azul. Apanho os primeiros raios brilhantes, respiro o vento puro para caminhar para um novo dia. Resolvi não sair no quarto. As paredes que o seguram estão a reflectir os brilhos que sai lá de fora. Este pequeno momento devia estar dentro de uma máquina fotográfica. Mas o tempo ia passar e a recordação a ficar para trás. Resolvi pegar numa caneta e num caderno. Não sabia o que escrever para descrever aquele pequeno retrato. Uma luz acendeu-se e descrevi o momento como fosse alguém, uma pessoa, alguém. O sentimento que estava a acontecer podia transformar-se em pessoa. Ela foi a escolhida. A sua maneira de ser é especial, as suas letras são diferentes das outras pessoas. Porque? Não vale a pena perguntar porque não há resposta possível. Tudo aparece ao natural e ela assim o fez. A sua ajuda é preciosa para cada momento. Cada toque dela é impossível de descrever-se. Magia vive dentro dela como fosse uma mágica. Ela é a Ana. A escrita foi o que nós juntaram e graças a ela hoje sou alguém. Não importante mas que marca a sua presença na vida dela.

Hoje e amanhã

Amar-te como se fosses tudo, ou como se fosses o meu mundo. Amar-te como se fosses quem me deixa respirar. Amar-te como uma necessidade para a vida. Amar-te como ninguém te vai amar. Que egoísta que sou. Amar-te como se fosses uma das maravilhas do mundo. Amar-te perdidamente, como aquela música. Amares-me como se eu fosse tudo, como se eu fosse o teu mundo, como se eu fosse o ar, como se fosse a tua necidade, como se fosse aquela que ias amar mais. Egóista? Não. Apenas queria de volta aquilo que te dou. Ser o mundo de alguém, não de um alguém qualquer, o meu alguém. A pessoa que me faz rir e chorar, sonhar e doer. Não acreditas que doi? Esperimenta Ligar o Botão do Coração. Eu ligei-o no dia que te conheci, no dia que senti algo estranho mas não liguei ao que aquilo queria dizer...

Hoje? Ri-o, Choro, Sonho e Doi. Hoje e amanhã.

Proibido

Ao fundo existia uma placa onde dizia: "Não pisar a relva", olhei para os dois lados e como não vi ninguém tirei as sabrinas e em biquinhos de pés fui apanhar aquela flor perto da tabela (proibida). Ri-me baixinho e sai a correr com as sabrinas na mão e a flor no cabelo.

Acreditar

Eram exactamente 00:59 mas o tempo parecia não andar. Ela estava sentada no chão com os braços à volta das pernas a baloiçar para a frente e para trás. Tal e qual como as crianças fazem. Há medida em que Ela pensava as lágrimas caiam pelo rosto abaixo. Ela agarrou o telemóvel e pensou "Que coisa tão superfícial e mesmo assim o meu desejo era só que ele tocasse". Mas manteve-se em silêncio ao longo da noite toda. Ela continuava acordada e já eram horas de sair para o trabalho. Ele sim Ele já não existe, mas Ela continua a existir mas sem forças para viver. Aquilo tinha simplesmente acabado. Ele tinha deixado-a simplesmente. Ele tinha traído-a. Só ele! Mas quele "Ele" valia por todos. Ela não tinha forças. Não tinha nem queria ter forças. Essa era a verdade. A única palavra que surgia na cabeça d'Ela era "Saudade". A mesma saudade que ela sentiu quando Ele partiu em busca da sua liberdade. E quando voltou, prometeu TUDO. Mas tudo mesmo. Até um anel de "compromisso". Nesse momento Ela pensou "compromisso" que grande cinísmo. Logo à primeira oportunidade fugiu como se tivesse medo de ficar preso. Agora, dois anos depois foi em busca do mesmo. Daquela tão desejada liberdade. Agora sim, vai ter a liberdade toda. Porque Ela vai ter saudade, mas Não vai perdoar nem viva nem morta. A isso se chama narcisismo, ele quis saber e Ela respondeu: "Refere-se a alguém que se preocupa demasiado consigo próprio, considerando-se superior a todos incluindo seus amigos e sua familia. Tem necessidade de estar só. De sentir mais amor próprio que amor para dar". Mas Ela tinha uma definição e era simples. "Sujeito Egoísta". E ao fim de mais de 15 horas no mesmo sítio, Ela levantou-se e foi tomar banho. Limpar-se daquele ódio todo"

(Limito-me a acreditar que um dia vou deixar de odiar-te)

Limites

Limito-me a dar-te a mão quando necessitas, a dar-te um sorriso quando precisas.
Limito-me a proteger-te debaixo das minhas asas, para que um dia voltes a voar.
Limito-me a viver quando já não 'a vontade, limito-me a sentir que é verdade.
Limito-me a dizerte o limite que podes alcançar

Tempo

O tempo já não era igual, eu já não era igual. E no fundo tu também já não eras igual, ao que eras antigamente.
Lembras-te quando brincavamos no jardim, e me segredavas infinitas parvoices?
Ainda me lembro de todas, mas com o tempo quero que me recordes cada uma.

Fases

Quantas vezes (quando ainda tínhamos meio metro de altura) nos fascinava-mos com uma simples joaninha, com aquela beleza tão básica e única. Pensando bem quando ainda éramos pequenos quantas vezes nos deslumbramos a olhar para uma flor, com aquela beleza elementar. Com o passar do tempo crescemos e essa inocência desaparece, leva com ela tudo o que tínhamos de mais precioso, o aprender a escrever e não querermos largar mais aquilo, para muitos é uma fase. Voltamos a crescer e cada vez crescemos mais, apaixonamo-nos pela primeira vez e existe sempre a primeira desilusão, o caminho mais próximo é o refúgio no canto, chamado também de quarto. O amor é descoberto e com ele a dor de sentir aquilo que não queremos dar nome de desgosto. Toda a vida tivemos amigos, mas com o passar do tempo damos mais valor e começamos admirar o que é ter um verdadeiro amigo, um diamante. Aquele é sempre o nosso porto de abrigo, mas para outros o abrigo tem um nome bastante particular, nós gostamos de lhe chamar: Ela a Escrita.


Dedicado ao João Coelho.
Com amor,
Ana.

: 10 Abril 2007

Momento a reter por Hip:

Uma palavra é pequena para demonstrar o que senti ao ler uma dedicatória para a minha pessoa. Não sei que dizer. Só sei que está, não sei como explicar, sem palavras. Cada linha senti cá dentro. Cada palavra escrita fez-me por um sorriso na cara. Cada toque que usaste para aquela dedicatória. Adorei muito! Adoro-te mana! :) Hip

Senhora minuto

E então fui uma princesa durante 2 horas, as mesmas horas que seguras-te a minha mão firmemente, me olhas-te nos olhos intensamente, e me tocavas com carinho. O coração batia tão depressa que parecia que ia fora, por não saber como ia acabar aquelas duas horas que se tornaram numa eternidade. O tempo andou lentamente, quem me dera ter agarrado na senhora "Minuto" e ter a escondido onde ninguém soube-se que mais um minuto tinha passado. Foi perfeito, cada segundo, cada minuto, cada hora, não foi cada hora porque eram só duas.

Mas prometi-lhe que iriam ser as nossas duas horas para sempre. E ninguém nunca nos vai poder roubar isso, só nossas.

Com sabor a morango

E então criei o meu próprio mundo, um que fosse só meu e de mais ninguém, o meu cantinho imaginário. Queria um cantinho que me deixasse ser feliz, e que não existisse a tristeza. Queria também um cantinho onde as pessoas dessem gargalhadas alto sem terem medo que ninguém olhe de lado. Um lugar onde as pessoas não se odiavam nem se zangavam, ou então podia ter uma bruxa má, mas essa era sempre derrotada pelo lado bom. Tal como quando somos pequenos pensamos que o bem reina sempre. Basicamente eu queria era um mundo cor-de-rosa, mas com sabor a morango. Eu nesse mundo imaginário era feliz, acredito que sim.

Sombra

Afinal ainda era capaz de voltar abrir os olhos e voltar a observar este cantinho verde onde me encontrava sentada. Um cantinho cheio de árvores de fruto e flores por todo o lado, não eram flores eram malmequeres brancos. Daqueles que eu quando era criança arrancava-os e tirava pétala a pétala, por vezes tinha pena de fazer mal a uma flor tão linda mas por outro adorava ver as pétalas a cair e a voarem. Como se tivessem pequenas asinhas, umas asas que as levavam para outro mundo. Um mundo especial e arrojado, achava que esse sítio não tinha pessoas “más” como eu para lhe arrancarem as pétalas – Pensamentos inocentes. Esse tempo passou e agora eu encontrava-me sentada com uma sombra a meu lado, uma sombra que pensamento medonho. Mas eras só uma sombra naquele momento. Observei a sombra e pensei o quanto podia-se gostar tanto de alguém assim, pensei que dizer “alguém assim” iria ser como algo a dizer mal, mas não era. Alguém assim tão especial. Especial, como um se fosse um conto de fadas com um final feliz. Voltei a olhar-te e estavas em biquinhos de pés a tentar chegar a uma fruta que estava bastante alta, olhas-te para mim e riste-te. Um sorriso que parecia ser de uma criança que acabou de receber um chupa, daqueles grandes e coloridos, e ela simplesmente estava irradiar felicidade. Analisei mais uma vez a sombra-especial, e tinha deixado de ser só um vulto e tinha passado a ser uma pessoa espectacular que era mais que uma amiga, mais que uma irmã. Alguém que eu podia confiar de olhos fechados que sabia que no final ela ia estar ali para me ajudar, como sempre. Levantei-me daquela erva verde e ajudei-te apanhar a fruta, em troca recebi um sorriso amável, daqueles que só as grandes amigas sabem dar, daqueles que nos fazem felizes. Felizes como ninguém sabe ser, porque ninguém sabe o que é ter uma amiga como tu.

: 3 Abril 2007


Momento a reter por Ana Cataryna:
Gostava de te poder escrever algo assim também. A sério que sim. Gostava de te dizer coisas bonitas, daquelas que uma verdadeira amiga sabe sempre dizer, quando é preciso. Talvez não saiba dizer isso.. Talvez não saiba inventar metáforas inteligentes, comparações que façam levar lágrimas aos olhos, ou algo que as outras pessoas dissessem "ah, que dedicatória bonita".E depois leio isto, e sinto-me um pouco mal por não o poder fazer, por não te poder retribuir da maneira que mereces, e da maneira que as outras pessoas esperavam que eu retribuisse.Mas depois penso.. E o que é que importa o que as outras pessoas acham ou deixam de achar? Tu sabes que és especial, e é isso que importa. E não preciso de escrever um testamento para uma familia com 578 parentes para tu saberes isso. :) Mas, obrigada. Por isto. Por tudo. Amo-te. <3>