12 de abril de 2008

Fugir, parte II

Segurei com força os teus ombros entre as minhas mãos olhei para ti mas este já não era o mesmo olhar dócil, era um olhar sofredor. Reparei que não estavas com intenções de responder a nada, perdi as forças e senti as mãos a cair. Mas não caíram, foi só a minha imaginação. Disse o teu nome alto e olhas-te os meus olhos de novo, reparei que estavas com medo. Disse-te que não te ia fazer mal mas uma lágrima caiu do teu olho. E nesse momento arrependi-me de te ter tocado. A minha mente fugiu mas eu permaneci perto de ti, segurei-te a mão como se fosse um voto de confiança que te dava. (Mais uma vez.) Mas retiras-te a mão e fugiste. Não foi só a mente que fugiu, foste tu todo.

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